Em distante e escuro ventre,
mergulho novamente.
Em dolorosa fôrma,
contraio o meu etéreo.
Em envolvente e sufocante liquidez,
desenvolvo o meu templo.
Em densa e pálida atmosfera,
respiro inicialmente.
Em cárcere necessário,
vivo o meu exílio.
Em novo e estranho lugar,
reinicio o meu aprendizado.
Em árida e cinzenta paisagem,
cresço persistentemente.
Em perecível realidade,
procuro o meu norte.
Em interno e inexplorado universo,
busco a minha identidade.
Em irracional e agressiva selva,
sobrevivo forçosamente.
Em vazias companhias,
persigo a minha sintonia.
Em letárgica e autômata multidão,
esquadrinho a minha unidade.
Em insuspeito e único momento,
inalo suavemente.
Em penetrantes olhares,
acesso o meu passado.
Em despertas e relembradas sensações,
intuo o meu futuro.
Em diáfano e colorido firmamento,
flutuo extaticamente,
Em doce presente,
projeto a minha vida.
Em única e eterna alma,
reencontro o meu amor.Tela de Marc Chagall
Presente único e eterno... Minha alma chora de emoção e contentamento... A força e sintonia do amor relembrado e intuido floresce e vence
ResponderExcluira densidade da ilusão... Somos Um...