Mergulho na noite e abandono toda angústia,
etéreo, nado no mar do devaneio,
projeto braçadas que retalham o ar,
flutuo e escarneço do meu passado rastejante.
etéreo, nado no mar do devaneio,
projeto braçadas que retalham o ar,
flutuo e escarneço do meu passado rastejante.
Subjugo a gravidade e a leveza me inebria,
atrevido, desafio as leis da matéria,
sinto a brisa que afaga minha pele,
deslizo e venço as correntes dos meus impulsos inferiores.
Rodopio no vazio e sorrio de mim mesmo,
destemido, contraio e expando em espiral,
inspiro e lanço-me numa queda vertical,
resvalo a superfície do obscuro e decolo novamente.
Percebo múltiplas direções e invade-me a felicidade,
infantil, brinco com o tempo,
viajo num espaço que é somente consciência,
encontro com meu ontem e reconheço o meu amanhã.
Não acordo...
Acaba minha noite, última,
encontro a minha transição.
Chega minha hora, exata,
preparo a minha partida.
Alvorece meu dia, eterno,
celebro o meu despertar.
Tela: "Der Mond ist Guter Dinge", de Max Ernst
Adorei...o espírito livre que dança...a leveza que traz muita esperança...só que essa história de última noite tem que demorar bastante, hein?!! Muito pra fazer e celebrar aqui na Terra!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirOi Cassio, tudo bem com voce?? estou morando na Suiça, aqui bem longe... gostei do blog. também tenho um que conta um pouco desta aventura. www.outofboarder.blogspot.com . um abraço, Adri Quarck
ResponderExcluirComo é bom "celebrar o despertar" principalmente quando temos algo a ensinar e muito a aprender, grande abraço Cassio, nos vemos na próxima quarta.
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