Em região abissal, escuridão parcial
Sensações embotadas, incertos propósitos
Sensações embotadas, incertos propósitos
No negro subterrâneo, contornos humanos
Luzes externas, visões de sombras
Em corpos esparsos, tenazes argolas
Movimentos restritos, subjugada vontade
No cativeiro sutil, dóceis reféns
Almas atraídas, melada ignorância
Em jaulas imaginárias, mentes inertes
Personalidades moldadas, única forma
No ar rarefeito, sufocar voluntário
Respiração limiar, consciência passiva
Em fuliginosa atmosfera, despercebida imundice
Obstruídos poros, atróficos sentidos
Na mayávica realidade, sonho opressivo
Ladina ilusão, entorpecida intuição
Em desconhecida existência, dissimulado logro
Estrépita aparência, silenciosa essência
No solo infértil, submisso vegetar
Resignado torpor, semente de dor
Em açoitada carne, exaurida resistência
Limítrofe estado, lucidez emergente
Na verdade buscada, liberdade desejada
Olhar vertical, claridade vislumbrada
Em degraus derrotados, ascensão conquistada
Persistentes esforços, desejo motor
Na escarpada escalada, irrompida casca
Irradiada luminosidade, dissipada obscuridade
E, pelos séculos, continua ecoando...
...assim como na treva não há visibilidade, na ignorância não há verdade
E em tudo isso, muitas vezes imperceptível, o amor se manifesta. Como é difícil enxergar! Mas reconhecê-lo nesta prisão, pela qual todos passamos, talvez seja a grande oportunidade de sairmos da sombra...ciclo após ciclo.
ResponderExcluirE como dói lutar contra a ignorância! Ufa!
Que bom é poder perceber a luz!
ResponderExcluirEnxerga-la!Senti-la!
Que bom é poder levantar a cabeça e poder respirar esta sublime luz.
Encher nossos pulmões deste ar para conseguirmos seguir adiante!